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Avós trans do movimento LGBTTTIQ+

Nos anos 70, a identidade de género não fazia parte de nenhuma agenda no México. Para as mulheres trans, chegar aos 50 anos era uma questão de sobrevivência. Viveram o que as manchetes da revista Alarma! chamavam de “Mulherzinhas”, uma publicação que exibia e humilhava aquelas que se identificavam como femininas. O linchamento mediático de muitas delas através da nota vermelha levou ao seu assassinato, desaparecimento e suicídio.

Desses anos recordamos o México das rainhas dos cabarés, das estrelas do teatro musical e do cinema, elas estavam próximas desse México, no entanto, devido à sua identidade de género, foram negadas e violadas, foram constantemente perseguidas pelo Departamento de Investigação Policial e Trânsito (DIPT).

Consideram-se as avós do movimento LGBTTTIQ+, vêem-se como históricas, através de diferentes organizações a favor dos direitos dos idosos trans, procuram a reparação dos danos físicos, emocionais, psicológicos e económicos que enfrentaram às mãos dos governos do PRI.

Atualmente, não participam nas marchas do PRIDE, apesar de serem os pioneiros que, em 1979, lideraram a primeira marcha pelos direitos da comunidade lésbica e gay.